Ana Gonçalves Cirurgia Plástica

25 ANOS DEEXPERIÊNCIA
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A mamoplastia de aumento é cada vez mais solicitada por mulheres de todas as idades como uma solução eficaz para a falta de volume mamário. Além de aumentar a autoconfiança, contribui para a harmonia corporal.

 

Não há restrições de idade para realizar a mamoplastia de aumento, desde que o desenvolvimento mamário tenha estabilizado, o que geralmente ocorre por volta dos 17 anos. Mesmo em idades mais avançadas, desde que não existam contraindicações médicas, esta cirurgia é uma opção viável.

 

Muitas jovens enfrentam desafios emocionais devido à ausência de volume mamário, o que pode afetar a autoconfiança. A amamentação pode deixar marcas que fazem com que as mulheres se sintam menos femininas, prejudicando a autoestima e o conforto durante a intimidade. Grandes perdas de peso também podem resultar na redução do tamanho da mama, levando à flacidez e perda de forma, assim como o processo natural de envelhecimento.

 

Antes de decidir fazer uma mamoplastia, é fundamental que o peso da pessoa esteja estável. Variações significativas de peso após a cirurgia, seja um aumento ou uma perda substancial, podem ter um impacto negativo no resultado, afetando o tamanho e a forma da mama de forma indesejada. Portanto, a estabilidade do peso é um fator crucial a ser considerado antes de avançar com o procedimento.

 

Mulheres mais indicadas para a realização deste procedimento costumam apresentar as seguintes caraterísticas:

  • Boa saúde geral, tanto física como emocional;
  • Peso estável;
  • Insatisfação com o tamanho mamário;
  • Desenvolvimento mamário inadequado;
  • Assimetria mamária;
  • Desejo de melhorar a aparência;
  • Compromisso com o processo de recuperação;
  • Expetativas realistas.

É importante salientar que cada pessoa é única, e a decisão de realizar uma mamoplastia de aumento deve ser baseada numa consulta com um cirurgião plástico experiente. Durante a consulta, o cirurgião avaliará as caraterísticas individuais e discutirá as opções disponíveis, auxiliando na determinação da melhor abordagem para alcançar os resultados desejados.

Os implantes mamários representam uma notável evolução na tecnologia médica, oferecendo resultados estéticos mais seguros e naturais ao longo dos anos.

 

Compostos por gel de silicone coesivo, revestidos por uma camada microtexturizada ou lisa de silicone, estes implantes estão disponíveis em diversas formas – redondas ou anatómicas – e oferecem uma ampla gama de alturas, larguras, projeções ântero-posteriores e volumes. Isso permite a escolha do implante mais adequado às necessidades estéticas individuais, garantindo resultados naturalmente belos ou atendendo a desejos específicos.

 

A notável resistência dos materiais utilizados nesses implantes é digna de destaque. São incrivelmente robustos, tornando as ruturas extremamente raras, mesmo em atividades diárias agitadas ou práticas desportivas intensas. Essa durabilidade é reforçada pelo revestimento multicamadas dos implantes, proporcionando proteção adicional ao gel interno, inclusive em casos de rutura das camadas mais internas. Em muitos casos, esses implantes podem ser considerados duradouros, dependendo da idade em que são inseridos e da evolução da forma da mama ao longo do tempo, como resultado da amamentação, do processo natural de envelhecimento ou do desenvolvimento de contratura capsular.

 

Além disso, existe uma alternativa conhecida como implante Blite, uma inovação na cirurgia de aumento mamário. Este implante, composto por microesferas ocas interligadas ao gel de silicone, é cerca de 30% mais leve do que os implantes convencionais de gel coeso. O Blite é especialmente indicado para mulheres que procuram um volume substancial, especialmente quando a pele da mama apresenta maior flacidez. No entanto, é importante mencionar que, ao toque, esses implantes podem não reproduzir a sensação de naturalidade com a mesma fidelidade que os implantes tradicionais.

A escolha da posição do implante mamário é um passo crucial na cirurgia de aumento mamário, e esta decisão deve ser cuidadosamente considerada com base em vários fatores individuais. Existem diferentes opções de colocação do implante: 

 

Subglandular: Nesta técnica, o implante é colocado entre o tecido mamário e o músculo peitoral. É uma escolha adequada para mulheres mais magras, em que a visibilidade dos contornos do implante pode ser um problema. Também é preferível quando há pouca pele em excesso. 

 

Submuscular: A opção de colocação atrás do músculo peitoral é a preferida em alguns casos, especialmente quando há pouco tecido mamário e pele disponível para cobrir o implante. Isto ajuda a criar um resultado mais natural e evita que os contornos do implante sejam visíveis. 

 

Dual-plan ou subfascial: Esta técnica envolve a colocação do implante com a parte superior atrás do músculo peitoral e a parte inferior em posição retro-mamária. É uma escolha ideal sempre que possível, pois proporciona um resultado extremamente natural. O músculo peitoral atua como uma cobertura protetora para o implante, tornando-o invisível na parte superior, enquanto o polo inferior segue a queda natural da mama ao longo dos anos. 

 

No entanto, é importante notar que os implantes colocados completamente atrás do músculo podem não acompanhar o descair da mama ao longo dos anos, uma vez que são sustentados pelo músculo, o que pode resultar num contorno inestético da mama. A colocação em plano duplo ou subfascial é a técnica preferida quando possível, pois combina a naturalidade com resultados esteticamente agradáveis. 

 

Além disso, deve-se considerar a idade da pessoa ao decidir sobre a mamoplastia de aumento. Em idades muito jovens, é provável que ocorram alterações na mama ao longo da vida, como gravidez, menopausa e perda de peso. Portanto, em alguns casos, a substituição dos implantes pode ser necessária para manter um resultado estético satisfatório. 

Quando se trata de escolher o tamanho desejado para um aumento mamário, é crucial manter expetativas realistas. O resultado final de uma mamoplastia de aumento é influenciado pela forma, tamanho e consistência da mama antes da cirurgia. Mesmo quando duas pessoas diferentes recebem implantes com a mesma forma e tamanho, o resultado após a cirurgia é sempre único para cada uma delas. No entanto, é possível obter melhorias na centralização.

 

Ao considerar o aumento mamário, é crucial ter em conta a altura, a largura dos ombros e dos quadris para alcançar uma aparência proporcional e curvilínea. É aconselhável precaução ao optar por implantes muito grandes, pois é importante lembrar que quanto maior o implante, maior será o peso e a carga sobre a coluna vertebral. Por outro lado, no caso de uma mulher com tórax estreito, seios pequenos e pouca pele em excesso, pode não ser apropriado procurar volumes muito grandes, já que isso pode aumentar o risco de complicações devido à tensão na pele e resultar numa aparência menos natural.

 

É comum existir alguma confusão entre os números e as letras das medidas dos sutiãs. Os números, como 34 e 36, estão relacionados com o tamanho do cós do sutiã e não são afetados pela mamoplastia de aumento, pois referem-se à largura da grelha costal.

 

Já as letras, como A, B, C, D, indicam o volume que será acrescentado com o implante. Não existe uma correspondência fixa entre o tamanho do implante e um número ou letra de sutiã específica. Em vez disso, há uma faixa de volumes que podem ser adequados a um determinado número ou letra, dependendo do volume da mama antes da cirurgia. Portanto, é crucial discutir os seus objetivos e expetativas com o cirurgião plástico, de forma a escolher o tamanho do implante que melhor se adapte às suas necessidades pessoais e físicas.

Atualmente, para além dos implantes, existem outras abordagens para o aumento mamário, embora os resultados variem consideravelmente.

 

Uma das opções para aumentar a glândula mamária é a infiltração de gordura. Esta técnica tem sido utilizada na reconstrução mamária após tratamentos de cancro da mama, muitas vezes combinada com a colocação de implantes. No entanto, não é a escolha preferencial para a mamoplastia de aumento, pois os resultados são imprevisíveis e há um risco significativo de irregularidades e calcificações. A infiltração de gordura pode ser considerada em casos de rejeição anterior de implantes ou quando determinadas condições de saúde aumentam o risco de rejeição. É fundamental ter em conta que é necessário haver uma quantidade substancial de gordura disponível para colher, o que pode não ser viável em indivíduos com baixo percentual de gordura corporal.

 

É importante sublinhar que o aumento mamário por injeção de gordura não proporciona os mesmos resultados estéticos. Além disso, é relevante salientar que o uso de produtos de preenchimento é estritamente desaconselhado devido ao risco de complicações, algumas das quais podem ser de difícil resolução.

 

Por outro lado, a injeção de ácido hialurónico ou outros produtos de preenchimento é desaconselhada devido ao risco de formação de calcificações na glândula mamária. Estas calcificações podem dificultar o diagnóstico do cancro da mama, tornando-o mais desafiador e menos preciso. Portanto, é crucial ponderar cuidadosamente as opções disponíveis e discutir com um profissional de saúde para determinar a abordagem mais adequada às suas necessidades individuais.

 

Existem três abordagens para a colocação de um implante mamário, cada uma com o seu tipo de incisão:

 

Via periareolar: Nesta técnica, a incisão é realizada na transição entre a aréola e a pele da mama, resultando numa cicatriz em forma de meia-lua na parte inferior da aréola. Apesar de criar uma cicatriz discreta, é importante salientar que há uma maior probabilidade de alterações permanentes na sensibilidade da pele e do mamilo, além do possível impacto na amamentação futura. Para esta técnica, é necessário que o diâmetro da aréola seja suficiente para permitir a introdução dos implantes de gel coesivo.

 

Via submamária: Neste caso, realiza-se uma incisão de aproximadamente quatro centímetros no sulco localizado sob a mama. Geralmente, esta incisão resulta numa cicatriz quase impercetível, não visível ao usar um biquíni ou ao olhar no espelho. Esta tende a interferir menos na sensibilidade da área do mamilo e da aréola em comparação com a incisão periareolar, bem como na amamentação. Contudo, pode causar algum desconforto nas primeiras duas semanas, uma vez que a incisão coincide com a área de apoio do cós do sutiã. Esta é a abordagem preferida para mulheres que pretendem amamentar no futuro.

 

Via axilar: Nesta técnica, a incisão é efetuada na axila, seguida de um descolamento com pouca visibilidade em direção à mama. Embora a cicatriz nem sempre seja impercetível, esta abordagem tem as suas vantagens. No entanto, em caso de complicações futuras, pode ser difícil resolvê-las através da incisão axilar. Além disso, esta abordagem pode não permitir a inserção segura de implantes de maior tamanho.

 

A escolha da técnica de colocação dependerá das caraterísticas e necessidades individuais de cada pessoa, sendo crucial discutir detalhadamente com o cirurgião plástico.

A mamoplastia de aumento apresenta diversos benefícios e pode proporcionar resultados notáveis.

 

Principais benefícios: 

  • Melhoria da proporção corporal: Esta cirurgia contribui para uma aparência mais equilibrada e harmoniosa em relação ao corpo.
  • Correção de assimetrias: A mamoplastia de aumento pode corrigir assimetrias naturais das mamas, promovendo uma aparência mais simétrica.
  • Aumento da autoestima: A alteração do tamanho e forma das mamas pode ter um impacto significativo na autoestima e confiança pessoal.

 

Principais resultados: 

  • Aumento de volume mamário: Esta cirurgia visa aumentar o volume das mamas, proporcionando um peito mais preenchido e voluptuoso.
  • Melhoria da forma: Além do aumento do volume, a mamoplastia de aumento também aprimora a forma e a projeção das mamas.
  • Versatilidade no vestuário: Com seios mais volumosos e proporcionais, as mulheres têm à disposição uma maior diversidade de peças de vestuário.
  • Correção de alterações pós-gravidez ou envelhecimento: A intervenção cirúrgica pode corrigir as alterações nas mamas após a gravidez, amamentação e decorrentes do envelhecimento natural.
  • Aumento da satisfação pessoal: A mamoplastia de aumento frequentemente resulta num aumento significativo da satisfação pessoal e da autoestima.
  • Aperfeiçoamento estético: Esta cirurgia proporciona uma melhoria estética global nos seios, conferindo uma forma mais proporcional ao corpo.

As complicações relacionadas à mamoplastia de aumento têm vindo a diminuir ao longo dos anos, em grande medida devido à evolução na qualidade dos implantes. É importante frisar que, embora tais complicações ainda possam ocorrer, são tratáveis e não estão associadas ao desenvolvimento de doenças secundárias na mama, como o cancro.

 

Infeções

Embora raras, as infeções podem ocorrer, por vezes até meses após a cirurgia. Se uma infeção persistir apesar do tratamento com antibióticos, pode ser necessária a remoção dos implantes. Após essa remoção, geralmente é necessário aguardar um período para permitir a redução do processo inflamatório antes de considerar a colocação de novos implantes. No pós-operatório imediato, é comum prescrever um antibiótico para reduzir o risco de infeção.

 

Hematoma

Um hematoma é a acumulação de sangue que pode surgir nas primeiras 48 horas após a cirurgia, no espaço onde foi colocado o implante. Esta ocorrência está relacionada ao aumento da pressão nos vasos sanguíneos durante a intervenção cirúrgica. O repouso nos primeiros dias e o uso de drenos podem contribuir para a prevenção de hematomas, embora em certos casos seja necessário drená-los no bloco operatório sob sedação. Geralmente, após este tratamento, a recuperação decorre conforme o esperado.

 

Rejeição dos implantes

A rejeição dos implantes é um evento pouco comum, podendo ocorrer nas primeiras semanas ou após alguns meses da cirurgia. Esta situação pode exigir a remoção dos implantes. Após um período de espera, é possível ponderar a colocação de novos implantes.

 

Pregas dos implantes

Em certos casos, as pregas dos implantes, formadas naturalmente pelo gel, podem tornar-se visíveis ou palpáveis, especialmente em pessoas com pouca gordura entre a pele e o implante. A colocação dos implantes de forma retro-muscular ajuda a minimizar essas pregas.

 

Contratura capsular

A contratura capsular, embora ainda ocorra em alguns casos, tornou-se menos frequente e menos intensa com a nova geração de implantes. Normalmente, manifesta-se entre dois a seis anos após a cirurgia e é mais comum com certos tipos de implantes. A intervenção cirúrgica corretiva, denominada capsulotomia, é necessária quando a contratura é acentuada, provocando rigidez e assimetria na mama. A contratura capsular grave, associada a certos tipos de implantes usados no passado, requer tratamento, pois pode estar relacionada a problemas sistémicos, como o Linfoma de células anaplásicas. A colocação dos implantes em plano retro-muscular reduz o risco de contratura capsular e, se ocorrer, o músculo atua como um “tapete”, impedindo que as pregas do implante, comprimidas pela cápsula, sejam visíveis.

 

É importante salientar que essas complicações podem ser tratadas através das incisões periareolar e submamária, porém podem ser mais desafiadoras de resolver quando outras abordagens cirúrgicas são utilizadas. A escolha da técnica adequada e uma comunicação franca com o cirurgião são essenciais para um resultado seguro e satisfatório.

 

Gravidez e amamentação 

A opção por implantes mamários não influenciará a capacidade de amamentação futura nem representará qualquer risco para o bebé. A viabilidade da amamentação dependerá de vários fatores, incluindo a técnica cirúrgica adotada e a capacidade individual da glândula mamária para produzir leite. É crucial salientar que muitas mulheres enfrentam dificuldades na produção de leite, mesmo sem a presença de implantes.

 

Naturalmente, a gravidez e o período de amamentação podem causar alterações na forma da mama, tornando-a potencialmente mais flácida e propensa ao desenvolvimento de estrias. Em determinadas situações, essas mudanças podem requerer intervenção cirúrgica complementar. A sua decisão deve ser tomada considerando diversos fatores, como a idade e a altura em que planeia ser mãe. Se está a ponderar engravidar em breve, pode ser sensato adiar a cirurgia até após esse período, para que os resultados da mamoplastia não sejam afetados pelas alterações naturais da mama durante a gravidez e amamentação.

Após a cirurgia, é comum a utilização de drenos finos, removidos no dia seguinte, para reduzir o risco de hematoma. As incisões são protegidas com pensos impermeáveis, permitindo a higiene durante o banho, e é recomendado o uso de um sutiã desportivo confortável, inclusive durante a noite, nos primeiros trinta dias. Este tipo de sutiã contribui para o conforto e ajuda a imobilizar suavemente a mama. Nos primeiros três meses, é aconselhável optar por sutiãs sem aros, evitando uma possível fixação inadequada do implante devido à pressão contínua dos aros. Após a estabilização do resultado, poderá voltar a usar o tipo de sutiã que preferir.

 

Em casos de colocação retro-muscular, poderá ser necessário o uso temporário de uma faixa torácica para evitar o deslocamento dos implantes para cima. Recomenda-se uma semana de repouso para os braços, podendo retomar atividades como condução após esse período. Atividades que exigem maior esforço dos braços devem ser adiadas por um ou dois meses, enquanto o exercício físico que envolve os braços e o músculo peitoral deve ser retomado após dois meses e, no caso de implantes colocados atrás do músculo, apenas após seis meses. O excesso de carga nos músculos nas fases iniciais pode resultar em rutura muscular e deslocamento do implante. Não é necessário remover pontos, pois é realizada uma sutura intradérmica. A cicatriz pode estar sensível durante o primeiro mês, por isso é aconselhável protegê-la neste período.

 

No pós-operatório, o primeiro mês geralmente é o período de maior desconforto. Pode sentir a mama bastante firme, com pouca mobilidade, sensibilidade reduzida e uma sensação semelhante à ‘subida do leite durante a amamentação’. Estas queixas tendem a ser mais acentuadas quando o implante é colocado atrás do músculo peitoral. Importa referir que a sensibilidade à dor varia de pessoa para pessoa, mas, em geral, não é uma dor aguda, mas sim um desconforto que pode ser aliviado com analgésicos. Após o primeiro mês, a mama tornar-se-á progressivamente mais móvel, sensível e menos inchada. Se o implante foi colocado atrás do músculo, é comum que a mama fique um pouco mais lateralizada devido à pressão exercida pelo músculo. No entanto, essa lateralização corrige-se gradualmente à medida que o músculo se expande nos primeiros seis meses após a cirurgia.

 

Uma das situações desconfortáveis nas primeiras semanas após a cirurgia é a posição de dormir, já que poderá sentir-se limitada e receosa de dormir de lado. No entanto, essa sensação desaparece rapidamente, e após cerca de três meses, poderá dormir em qualquer posição sem qualquer problema. É recomendado o uso de um gel para cicatrizes durante os primeiros meses e, após dois meses, poderá apanhar sol, com precaução, uma vez que a pele, esticada e sob tensão nos primeiros meses, estará mais sensível à exposição solar.

 

É importante destacar que as alterações na sensibilidade variam de pessoa para pessoa e podem ser influenciadas pela técnica e via de abordagem utilizada. A maioria das mulheres recupera a sensibilidade, embora, em alguns casos, essa recuperação possa não ser total. A melhoria na sensibilidade geralmente ocorre durante os primeiros dois anos após a cirurgia. Em situações específicas, pode ocorrer um aumento da sensibilidade no mamilo, que, apesar de desconfortável, tende a desaparecer ao longo dos primeiros seis meses.

Antes de avançar com a cirurgia de mamoplastia de aumento, é crucial realizar um estudo minucioso da mama. Isso inclui a realização de uma ecografia mamária em pessoas mais jovens e uma mamografia, geralmente para aquelas com mais de 35 anos. Este estudo tem como objetivo identificar possíveis alterações no tecido mamário. É comum encontrar cistos e nódulos sólidos, como os fibroadenomas, que geralmente não são impeditivos para a realização da cirurgia. Em muitos casos, quando esses nódulos estão presentes, a sua remoção é solicitada durante a mamoplastia de aumento. No entanto, nem sempre essa remoção é possível, pois a incisão para a colocação dos implantes é muito pequena para explorar e identificar esses nódulos, é como “procurar uma agulha no palheiro”. A presença desses nódulos não inviabiliza a cirurgia, mas em algumas situações, podem tornar-se palpáveis devido à pressão exercida pelo implante.

 

Após a colocação do implante, é possível continuar a realizar exames complementares de diagnóstico, como mamografias e ressonâncias magnéticas, para o rastreio do cancro da mama. Ao contrário do que muitas mulheres pensam, o facto de ter um implante não implica um maior desconforto durante a mamografia. Na verdade, o implante empurra o tecido mamário para a frente, o que permite que a mama não seja tão comprimida durante o exame. É importante salientar que os implantes mamários podem, em certa medida, dificultar a interpretação da mamografia, embora, atualmente, isso seja menos frequente devido aos avanços nas técnicas de imagiologia específicas para a mama. Quando o implante é colocado atrás do músculo peitoral, interfere menos na interpretação dos exames.

MITOS E FACTOS

Facto: Estudos clínicos comprovam que a colocação de implantes mamários não aumenta a probabilidade de desenvolver cancro da mama. A probabilidade é semelhante à da população em geral, mantendo o principal fator de risco associado à histórico familiar materno.

Facto: Os implantes não representam perigo durante atividades como andar de avião, mergulho ou outras atividades radicais. Contudo, é fundamental respeitar o período de repouso recomendado pelo médico, especialmente quando os implantes são colocados atrás do músculo peitoral. Seguir as orientações médicas é essencial para uma recuperação segura e eficaz.

Facto: Embora os implantes atualmente possuam uma longa durabilidade e não haja um tempo preciso para a sua substituição, é aconselhável considerar a substituição com base na idade em que foram colocados, nas potenciais alterações na forma da mama ao longo do tempo ou em caso de complicações.

Imagens antes e depois