Ana Gonçalves Cirurgia Plástica

25 ANOS DEEXPERIÊNCIA
25 ANOS DEEXPERIÊNCIA

PEELING QUÍMICO

CIRURGIA PLÁSTICA

Informações Práticas

SABER MAIS

O peeling químico é uma intervenção estética destinada a aprimorar a aparência da pele, proporcionando uma textura mais suave, uniforme e rejuvenescida. Este procedimento envolve a aplicação de uma solução química na pele, desencadeando a remoção das camadas superficiais da epiderme. O resultado é a eliminação das células mortas, o estímulo à regeneração celular e a promoção de uma pele mais radiante.

 

Mulheres mais adequadas à realização deste procedimento geralmente apresentam as seguintes caraterísticas:

  • Boa saúde geral, tanto física como emocional;
  • Pequenas imperfeições na pele (rugas e manchas);
  • Flacidez no rosto;
  • Pele porosa e baça;
  • Cicatrizes de acne;
  • Desejo de melhorar a aparência;
  • Não grávidas ou em período de amamentação;
  • Compromisso com a recuperação;
  • Expetativas realistas.

É fundamental que as candidatas passem por uma consulta com um profissional de saúde qualificado, que avaliará a sua pele, necessidades e objetivos específicos antes de recomendar o tratamento de peeling químico mais adequado.

O peeling químico é um procedimento que pode ser aplicado tanto no rosto como em várias zonas do corpo, dependendo das necessidades individuais. As áreas de intervenção mais comuns para a realização de um peeling químico incluem:

  • Rosto;
  • Mãos;
  • Decote.

Existem vários tipos de peelings químicos, cada um com diferentes profundidades de ação, aplicações específicas e resultados.

 

Geralmente, os resultados não são imediatamente visíveis. Contudo, para alcançar uma pele mais rejuvenescida, é aconselhável realizar várias sessões de peelings espaçadas em duas semanas.

 

Assim, existem os peelings superficiais, intermédios e profundos.

 

Peelings superficiais

Os peelings superficiais são a porta de entrada para uma pele radiante e suave. Este tipo de peeling envolve a aplicação de uma solução química suave, geralmente contendo ácido glicólico ou salicílico, disponível em várias concentrações, adaptando-se aos objetivos individuais.

 

A aplicação destas soluções químicas na camada mais superficial da pele tem um impacto notável. O ácido glicólico, por exemplo, promove o afinamento da epiderme, reduzindo a aparência de poros dilatados e conferindo uma luminosidade rejuvenescedora à pele. Em casos de acne ativa, o ácido salicílico auxilia na secagem das borbulhas, demonstrando ser um valioso aliado.

 

Estes peelings superficiais são especialmente recomendados após o período de exposição solar, contribuindo para atenuar os sinais de envelhecimento causados pela exposição solar, como as rugas superficiais resultantes dessa exposição. Além disso, podem oferecer melhorias discretas, porém eficazes, na redução de manchas na pele. No fim do tratamento, existe uma sensação ligeira de calor, alguma vermelhidão com alguns pontos esbranquiçados, sinais estes que desaparecem em poucas horas.

 

Outros ácidos de ação superficial, como o ácido fítico, kojico e mandélico, são indicados para tratar manchas de melasma, manchas inflamatórias ou manchas causadas pelo sol. Esses tratamentos também são realizados em sessões, proporcionando resultados notáveis na busca por uma pele mais radiante e uniforme.

 

Peelings intermédios

Os peelings intermédios representam uma abordagem mais profunda e eficaz para revigorar a sua pele, agindo nas camadas mais profundas da derme. Neste grupo, destacam-se os peelings de ácido tricloroacético, ou TCA, conhecidos pela sua eficácia em atenuar manchas de melasma, pigmentação solar e rugas finas decorrentes do envelhecimento da pele.

 

A aplicação do TCA envolve uma sensação inicial de ardor intensa, que dura aproximadamente dois minutos. Para aqueles que são particularmente sensíveis à dor, pode ser recomendada a administração do procedimento sob anestesia sedativa. No final da aplicação, a pele ficará com um aspeto esbranquiçado, e a face começará a inchar. Após cerca de uma hora, o branco transforma-se num tom avermelhado. No dia seguinte, o inchaço permanece, mas é indolor.

 

Nos dias subsequentes, a camada superficial da pele começará a escurecer e descamar. Este processo de descamação, embora dure aproximadamente uma semana, resulta na revelação de uma pele renovada, com uma textura mais suave e uma aparência rejuvenescida. Após duas semanas, já poderá aplicar maquilhagem para camuflar qualquer vermelhidão ou variações na tonalidade da pele. No entanto, é importante lembrar que essas variações tendem a uniformizar-se ao longo de um período de um a dois meses.

 

Peelings profundos

No mundo dos tratamentos rejuvenescedores da pele, os peelings profundos, liderados pelo poderoso peeling de fenol, representam uma revolução na renovação da derme. Este procedimento transcende a superfície da pele, chegando às camadas intermédias e, por vezes, até mesmo à derme profunda, desencadeando uma transformação notável a partir dos níveis mais profundos da sua pele.

 

O peeling de fenol é amplamente reconhecido pela sua capacidade de eliminar rugas tanto superficiais como profundas, suavizar cicatrizes de acne e atenuar manchas escuras, proporcionando resultados impressionantes. No entanto, este processo não é isento de desafios.

 

A aplicação do peeling de fenol é considerada dolorosa e, por esse motivo, é essencial ser realizado sob anestesia sedativa, sob a supervisão atenta de um anestesista. Além do desconforto, o peeling de fenol pode desencadear arritmias cardíacas, embora estas possam ser facilmente geridas pelo anestesista. Após a aplicação, a pele inicialmente apresentará um aspeto esbranquiçado, mas ao longo do dia seguinte, começará a escurecer. Em alguns casos, pode ocorrer inchaço e formação de crostas, dependendo do grau de tamponamento do fenol.

 

O processo completo de recuperação do peeling de fenol geralmente leva cerca de quinze dias. Surpreendentemente, a maior parte deste período não envolve dor significativa.

 

Além do peeling de fenol, existem outros tratamentos capazes de proporcionar resultados semelhantes, especialmente para rugas superficiais e profundas. Os tratamentos com laser de dióxido de carbono (CO2), por exemplo, compartilham caraterísticas semelhantes de dor e recuperação com os peelings intermédios.

 

É imperativo reconhecer que a escolha do tipo de peeling depende das necessidades individuais de cada pessoa, assim como das condições específicas da sua pele e dos resultados desejados. Para garantir a eficácia e segurança do procedimento, torna-se fundamental que este seja conduzido por um profissional altamente qualificado e experiente. Antes deste procedimento, é essencial agendar uma consulta com um profissional de saúde que o(a) orientará na escolha do tratamento mais adequado às suas necessidades e objetivos.

Os peelings químicos, apesar dos benefícios, não são aconselháveis para todos os tipos de pele ou circunstâncias, sendo crucial estar ciente dos riscos associados a estes procedimentos. Em particular, não se recomendam peelings intermédios e profundos para pessoas com pele de raça negra, uma vez que o risco de despigmentação, com o subsequente aparecimento de manchas claras, é significativamente elevado. Contudo, importa salientar que existem peelings especialmente desenvolvidos para peles negras, que são mais seguros e eficazes.

 

Além disso, desaconselha-se a realização de peelings durante a gravidez e no pós-parto imediato, devido às flutuações hormonais que ocorrem nestes períodos. O mesmo se aplica a pessoas que estejam a tomar certos tipos de medicamentos que possam aumentar o risco de complicações.

 

Após a realização de peelings químicos, geralmente, não ocorre descamação da pele, permitindo a aplicação de maquilhagem e o retorno à vida social no dia seguinte. No entanto, é crucial evitar a exposição direta ao sol entre as sessões de peeling e até dois meses após o último tratamento. O rosto, em particular, deve ser protegido do sol, uma vez que este é um dos principais contribuintes para o envelhecimento precoce da pele e o desenvolvimento de manchas.

 

Inevitavelmente, nas fases iniciais, poderá ocorrer uma variação na cor da pele, com áreas que se apresentam vermelhas e sensíveis, áreas menos vermelhas e áreas com a cor normal. Essas diferenças de cor podem levar de dois a seis meses para se igualarem, embora exista a possibilidade de ocorrer despigmentação permanente ou hiperpigmentação temporária resultante da inflamação. Durante esse período, a maquilhagem pode ser uma aliada para camuflar as discrepâncias de cor, mas a exposição solar deve ser estritamente evitada.

 

No caso de peelings profundos, o risco de manchas de despigmentação na pele, ou seja, a perda permanente de cor, é uma preocupação significativa. Além disso, a exposição ao sol deve ser limitada indefinidamente, uma vez que a pele fica mais vulnerável, aumentando o risco de cancro de pele.

Para garantir uma recuperação eficaz após um procedimento de peeling químico, é geralmente recomendada a preparação da pele com a aplicação de um creme. Este processo deve ser iniciado duas semanas antes do peeling, visando bloquear a atividade das células produtoras de melanina na pele. Ao fazê-lo, reduz-se significativamente a probabilidade de desenvolver pigmentação inflamatória após o peeling, um risco associado, em particular, aos peelings intermédios.

 

Durante o período de recuperação, a aplicação contínua de um creme despigmentante é essencial. Isso ajuda a minimizar quaisquer alterações na pigmentação da pele que possam surgir após o procedimento.

 

É importante salientar que muitas pessoas lidam com manchas escuras na pele, frequentemente resultantes de condições como gravidez, desequilíbrios hormonais, o uso de certos medicamentos (incluindo contracetivos orais), ou até mesmo reações à depilação a laser ou com cera. Essas manchas podem ocorrer em diferentes camadas da pele, sendo mais desafiadoras de eliminar ou atenuar quanto mais profundas forem.

 

Em muitos casos, a completa remoção dessas manchas é impossível. Apesar de várias abordagens e tratamentos promissores, como peelings químicos, tratamentos a laser IPL e cremes despigmentantes, essas manchas tendem a reaparecer ou intensificar quando expostas ao sol intenso, mesmo com o uso de protetor solar. Isso ocorre devido ao registo e sensibilização das células produtoras de melanina na pele. A verdadeira eliminação dessas manchas exigiria a destruição dessas células, o que, por sua vez, afetaria outras células na mesma camada da pele que desempenham um papel crucial na proteção contra o cancro de pele.

 

Portanto, a melhor abordagem para evitar o surgimento dessas manchas na pele é adotar medidas preventivas. Isso inclui cuidados rigorosos ao depilar os pelos no lábio superior, o uso de protetor solar adequado durante a exposição ao sol, especialmente para pessoas de pele morena, e precaução com medicamentos associados a essas manchas. A chave é a proteção contra os fatores que desencadeiam o aparecimento dessas manchas.

 

MITOS E FACTOS

Facto: Os peelings químicos são versáteis, podendo tratar diversos problemas de pele, como acne, cicatrizes, hiperpigmentação, melasma e até prevenir o envelhecimento precoce da pele. São tratamentos personalizados que se adaptam às necessidades individuais de cada pessoa.

Facto: A eficácia e segurança do peeling químico podem variar consoante o tipo de pele. Peles mais escuras podem apresentar um risco aumentado de hiperpigmentação pós-peeling. Contudo, os profissionais podem ajustar os tratamentos para se adequarem aos diferentes tipos de pele.

Facto: Os peelings químicos geralmente requerem uma série de sessões para alcançar os resultados desejados. O número de sessões depende do problema de pele a tratar e da profundidade do peeling.

Facto:O peeling químico deve ser realizado exclusivamente por profissionais de saúde especializados em medicina estética.

Imagens antes e depois